Vizinhança

Petrobrás anuncia que FAFEN deve retornar suas atividades em Araucária; expectativa é de 5 mil empregos gerados

A FAFEN-PR (Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná) de Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba, voltará a funcionar, conforme anúncio emitido no final da noite da quarta-feira, 17, pela Diretoria Executiva da Petrobras. A expectativa é que cinco mil empregos sejam gerados de forma direta e indireta.

Em comunicado, a Petrobras afirma que foi aprovada “a negociação com ex-empregados, e junto ao Tribunal Superior do Trabalho (TST), dos termos da contratação; e o início dos trâmites para contratação de serviços de manutenção e materiais críticos relativos à retomada da planta industrial”.

As negociações para reabertura da unidade tiveram forte atuação parlamentar de diferentes deputados do PT do Paraná e envolveram o governo federal, estatal e sindicatos.

A deputada Ana Júlia Ribeiro participou de diversas reuniões para articular a reabertura da unidade e esteve no ato em frente à fábrica, em março, que reuniu mais de 2 mil trabalhadores. “Recebemos com muita alegria e expectativa a notícia da reabertura da FAFEN-PR. Participamos ativamente desta luta junto com outros companheiros, mostrando ao governo a importância da reativação”.  

O líder do Bloco PT-PDT na Assembleia Legislativa, o deputado Professor Lemos também comemorou o anúncio da Petrobras de que a Diretoria Executiva da empresa aprovou a adoção de medidas iniciais para revitalização e futura retomada das operações da Fafen-PR, subsidiária da companhia localizada em Araucária que está fechada desde 2020.

“A luta sempre vale a pena. A reabertura da Fafen-PR, anunciada pela Petrobras é mais uma prova que a luta sempre vale. Parabéns aos companheiros e companheiras petroleiros e petroquímicos, organizados na FUP e sindicatos filiados, que em momento algum aceitaram o fechamento da Fafen, uma fábrica tão importante para a soberania nacional no setor de fertilizantes. Seguimos na luta, na reconstrução do Brasil”, disse o deputado.

A deputada Ana Júlia e o deputado Professor Lemos, ambos do PT.

Parada desde 2020, durante o governo Bolsonaro, a reabertura da FAFEN-PR (Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná), em Araucária, deve gerar 5 mil empregos diretos e indiretos, conforme estimativa do Sindiquímica-PR e Sindipetro-PR/SC, duas entidades que foram ativas na luta pela reabertura da unidade, além do Sindimont (Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Montagem) e FUP (Federação Única dos Petroleiros).

A definição anunciada pela Petrobras quanto à recontratação dos funcionários demitidos é crucial para a retomada das atividades. A medida tem justificativa social e técnica, uma vez que são trabalhadores com experiência e que conhecem o funcionamento da fábrica. Em algumas posições, leva-se até 5 anos para preparar o profissional para a função, mesmo com formação teórica.

“A recontratação é uma importante vitória neste processo, corrigindo a injustiça que foi a demissão de cerca de 1 mil funcionários que causou problemas e sofrimento a tantas famílias”, concluiu Ana Júlia. Pesquisa e inovação

Além da geração de empregos e do estímulo à agricultura, a reabertura deve estimular o desenvolvimento de Araucária e RMC (Região Metropolitana de Curitiba) em outras áreas – uma delas a de pesquisa e inovação. No mês passado, o governo federal anunciou a instalação de cinco novos campi do IFPR no Paraná, um deles justamente em Araucária-PR.

Para Ana Júlia, os cursos do do IFPR em Araucária promoverão o diálogo com a cadeia produtiva local, aproveitando o potencial produtivo, gerando inovação tecnológica e promovendo a sustentabilidade. “O potencial é enorme, uma vez que a região conta com uma refinaria da Petrobrás – a REPAR – e aguarda a reativação da FAFEN-PR, além de ter outras indústrias de grande porte”.

Além da geração de empregos e do estímulo à pesquisa e inovação, a reabertura beneficiará o setor agropecuário, diminuindo a dependência de produtos importados da Europa e Ásia e reduzindo a pressão sobre os preços provocada pela guerra entre Rússia e Ucrânia.

Antes da paralisação, a FAFEN-PR produzia parte significativa da ureia e amônia do mercado brasileiro, matérias-primas utilizadas na fabricação de fertilizantes. Com a redução do custo de produção a partir da maior disponibilidade de produtos nacionais, espera-se que haja diminuição também no preço dos alimentos.

“A FAFEN-PR foi hibernada de forma criminosa, paralisando um setor importante da nossa indústria. A reabertura representa o projeto de país que acreditamos. Onde tem uma unidade da Petrobras, há desenvolvimento”, afirmou Ana Júlia.

De acordo com a deputada Ana Júlia, a reativação também puxará o crescimento da cadeia produtiva da região metropolitana. No entorno da unidade, há várias empresas que prestavam serviços à FAFEN-PR que estão paradas, aguardando a retomada das atividades.

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