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Você toma remédio do jeito certo? Pode misturar álcool, refrigerante? Confira mitos e verdades

É difícil achar quem não precise ir na farmácia dia sim dia não para comprar um remédio para dor de cabeça, dor no estômago, má digestão… Mas, afinal, será que você está tomando os medicamentos do jeito certo?

Confira abaixo os mitos e verdades sobre esse assunto, com a médica infectologista Marta Fragoso, do Hospital Vita, que deu entrevista à rádio Banda B nesta quarta-feira (6):

Cada remédio tem um horário certo para ser tomado

Verdade. É importante que o paciente tome o remédio de acordo com a recomendação médica. “Pode ser de 6 em 6 horas, 8 em 8 ou 12 em 12, depende do medicamento e da orientação. Se eu tomar mais do que o recomendado, posso sofrer com as consequências. No caso do anti-inflamatório, por exemplo, é muito comum a pessoa ter gastrite e até sangramento no sistema digestivo”, disse a médica em entrevista.

Remédio pode causar dependência

Dependendo da medicação, isso é verdade. “No caso dos ansiolíticos, que são os remédios contra a ansiedade, ou aqueles para controlar sintomas neurológicos ou psiquiátricos, se eles não forem tomados de acordo com orientação médica, podem sim causar dependência. O que não acontece com anti-inflamatórios e antibióticos”, comentou.

Não faz mal tomar metade do remédio

Mito. Segundo a infectologista, o ideal é tomar sempre o comprimido inteiro, sem cortá-lo em outra medida. “Quando nós dividimos o medicamento, nunca sabemos se a dose que estamos tomando é maior ou menor do que a recomendada. Por isso, o médico não deve orientar o paciente a fazer isso”.

Não é recomendado tomar remédio com refrigerante

Verdade. “É preferível que se tome o remédio com água ou com outro tipo de líquido se necessário. Existem medicamentos que exigem um estômago mais ácido para a absorção e, nesses casos, a pessoa pode tomar com suco de laranja. Mas sempre lembrando que o médico é quem faz essa orientação”, afirmou Marta.

Se eu tenho dor de cabeça, qualquer analgésico pode me ajudar

Mito. Ao contrário do que se pensa, a dor de cabeça envolve vários diagnósticos e cada situação exige um medicamento diferente. “Muitas vezes, a pessoa fica se medicando sozinha e se intoxicando. Por isso, é preciso consultar um médico antes de ingerir medicamentos sem conhecimento adequado”.

Remédios potencializam o efeito do álcool

Dependendo do remédio, é verdade. De acordo com a médica, isso acontece principalmente com medicamentos neurológicos ou psiquiátricos. Além disso, o álcool pode reduzir o efeito de determinadas substâncias no nosso organismo.

Álcool e antibiótico não combinam

Verdade. O álcool altera a absorção do antibiótico e faz com que a pessoa fique menos ligada ao horário de tomar o medicamento. “O antibiótico é um remédio de muita responsabilidade para quem está tomando. É preciso fazer exatamente o que foi recomendado, porque a consequência não é individual, mas coletiva”, alertou a infectologista.

É preciso tomar remédio de estômago vazio

Mito. Alguns antibióticos, por exemplo, exigem que o paciente faça uma refeição leve antes, para melhorar a absorção. Isso varia para cada remédio.

O banheiro é o melhor lugar para guardar remédios

Mito. “Não necessariamente. É preciso ver o que está escrito na bula sobre onde guardar o medicamento. O banheiro pode ter muita umidade e prejudicar a preservação do remédio”.

Não dá para tomar remédio fora do prazo de validade

Verdade. O paciente precisa respeitar a data de validade do medicamento, para não passar mal e garantir que a doença seja tratada corretamente.

Medicamentos trazem riscos às grávidas

Verdade. “As gestantes devem evitar tomar remédios sem orientação médica. Os bebês podem sim nascer com problemas advindos do uso inadequado de remédios, como má formação, por exemplo”, finalizou.

 

BANDAB

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Aécio Novitski

Idealizador do Site Araucária no Ar, Jornalista (MTB 0009108-PR), Repórter Cinematográfico e Fotógrafico licenciado pelo Sindijor e Fenaj sobre o número 009108 TRT-PR

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