

Os usuários do transporte coletivo de Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), tiveram problemas no início da manhã desta terça-feira (24) com o atraso de uma hora na saída dos coletivos da garagem. O atraso foi um protesto dos trabalhadores da empresa Araucária Transporte Coletivo, que demitiu 16 funcionários, entre motoristas e cobradores, e não pagou as verbas rescisórias e nem o salário do mês destes trabalhadores. Os ônibus ficaram sem circularas das 4h30 até às 5h30. Depois, a situação foi normalizada.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Motoristas e Cobradores (Sindimoc), Anderson Teixeira, a dona da empresa já informou o sindicato que não tem dinheiro para pagar as rescisões, o que é inadmissível. “A empresa mandou embora 16 trabalhadores e eles estão há 21 dias sem receber um centavo. Não foi paga a rescisão e nem o salário de nenhum deles. Todos estão numa situação desesperadora. Mandar embora é um direito da empresa, mas não pagar as verbas rescisórias é inadmissível”, afirmou Teixeira ao vivo hoje na Banda B. Desde o início do mês, a empresa já demitiu 44 funcionários.
Segundo Teixeira, o protesto que atrasou em hora a saída dos ônibus da empresa Araucária foi para esclarecer a situação dos demitidos para os outros trabalhadores, que estão preocupados. Agora, o Sindimoc deve entrar com uma ação na Justiça para exigir o pagamento da rescisão.
“Estamos entrando hoje com um pedido de bloqueio de bens da empresa até que o pagamento da rescisão seja feito. Demos um prazo de 72 horas para que a Araucária faça o pagamento antes de novos protestos. Já vimos de tudo por parte das empresas de ônibus, mas esta é a primeira vez que uma empresa manda embora e não paga rescisão. A dona da empresa já disse que não tem dinheiro e não vai pagar. Não podemos aceitar isso”, completou Teixeira.
Outro lado
A reportagem tentou contato com a empresa Araucária no início da manhã, mas o telefone informado no site oficial só dava ocupado. A empresa ainda não se manifestou sobre o atraso e o protesto dos trabalhadores.
BandaB