
Uma professora de uma escola municipal de Bocaiuva do Sul, região metropolitana de Curitiba, está afastada das aulas desde o fim de setembro, depois que foi agredida por uma aluna de 14 anos. Ela chamou a atenção da adolescente, que não gostou e prensou a profissional contra a parede.
“Ela veio e me deu a carteirada nas costas. Empurrou com tudo contra a minha coluna. Depois, ainda me agrediu verbalmente, dizendo que eu iria me f***. A escola é a minha casa e estou lá há 28 anos. Lá, infelizmente, está faltando apoio”, lamentou.
Devido às agressões, a professora está há mais de um mês afastada do trabalho. Na mesma esteira, uma professora de uma escola municipal de São José dos Pinhais, região metropolitana de Curitiba, postou um desabafo na rede social: “Cansada do desrespeito diário em sala de aula…aguentamos tanto desaforo, maldade, ironia,deboche…tenho saído de algumas turmas completamente esgotada…alunos sem qualquer tipo de limite e educação em casa…”
O professor de Pedagogia da Universidade Positivo, Luciano Blasius, acredita que a postura atual de muitos alunos é fruto da sociedade e que a educação pode fazer a diferença, desde que seja levada com seriedade. “A educação precisa ser a chave para que isso seja revertido. Por isso, preciso um trabalho preventivo e interventivo na escola. Precisamos realmente trabalhar com isso. É um trabalho conjunto. Precisamos educar neste sentido, pensando nos valores, com os pais fazendo a sua parte”, opinou.
Enquanto não se consegue modificar as atitudes pela educação, os professores ficam muitas vezes no front de uma batalha, em que não tem apoio. Ou seja, a educação acaba sendo voltada para o medo, por isso o especialista acredita que se faz necessária uma escola mais atenta, com o auxílio dos pais dos alunos.
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