O deputado estadual, Arilson Chiorato, protocolou na tarde da última sexta-feira (30) um pedido de impugnação do edital que prevê a contratação de 4 mil professores temporários para o Paraná. O parlamentar questiona a necessidade de prova objetiva para o processo de seleção dos profissionais, entre outros pontos.
Atualmente, o PSS (Processo Seletivo Simplificado) não conta com prova, mas com uma avaliação de currículo e pontuação. Outro questionamento de Chiorato é a realização de prova presencial durante a pandemia, mesmo com a recomendação da Secretaria de Saúde para a não realização de prova de forma presencial neste momento.
O documento apresentado pelo deputado afirma que: “A utilização de teste seletivo com prova escrita, com previsível aglomeração para a realização das provas organizadas pelos Núcleos Regionais de Ensino no dia 13 de dezembro de 2020, é medida totalmente execrável, e contrárias às disposições do Decreto Estadual de instituição de período de calamidade pública no Estado do Paraná, em que foram adotadas as medidas de distanciamento social e proibição de aglomerações. Impugna se e se requer a exclusão da obrigatoriedade de provas objetivas presenciais”.
O edital ainda prevê a exclusão de pessoas que estiverem idade pertencente ao grupo de risco. “É inadmissível que professores sejam excluídos do processo por questões que fogem ao seu alcance. Não podemos aceitar que o Estado, que a Secretaria de Educação atuem dessa maneira, fazendo distinção entre as pessoas”, critica ainda o parlamentar.
Ocupação
Um dia após a publicação do edital, profissionais ligados ao Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (APP-Sindicato) ocuparam a sede da Secretaria Estadual da Educação (Seed) na manhã da última sexta-feira (30). Entre as principais críticas ao documento está o pouco tempo disponibilizado para a preparação, o prazo de um ano para a contratação dos profissionais, além da realização de provas presenciais durante a pandemia do coronavírus.
O edital prevê a oferta de 4 mil vagas, com a possibilidade de ampliação de acordo com a necessidade de substituição na Rede Estadual de Educação. A prova do PSS será aplicada pelo Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos (Cebraspe).
Em nota, a Seed informou que vem mantendo ao longo do ano diálogo cordial e transparente com os representantes sindicais dos professores. “A Seed estranha a radicalização por parte dos mesmos. Sobre as críticas feitas pela entidade, vale destacar que a Seed já havia conversado com os representantes dos professores sobre o processo seletivo simplificado e acatou algumas demandas propostas”, informou a pasta estadual.
Os sindicalistas foram recebidos na Seed pelo diretor-geral, Gláucio Dias, e deixaram o prédio após a reunião.
Banda B