Em reunião nesta quinta-feira (4), o Comando Estadual de greve do FES (Fórum das Entidades Sindicais do Paraná) decidiu por recusar a proposta de reajuste de 0,5% na data-base dos servidores públicos enviada na última terça-feira pelo governador Ratinho Junior. O órgão considerou como “insuficiente” o aumento a partir de outubro, além de outras três parcelas de 1,5% até 2022.
Em nota divulgada pelas redes sociais, a FES reiterou que “a perda das categorias é de 17,04%, e que o índice reivindicado pelos trabalhadores, nesse momento, é de no mínimo 4,94%, sem condicionantes, para continuar o debate com o governo para os próximos anos”.
De acordo com Marlei Fernandes, presidente do FES, a reunião de mostrou a unificação do discurso dos servidores. “As categorias ficaram ainda mais indignadas diante da proposta e a avaliação foi por unanimidade pelo movimento de greve, que tem aumento em todo estado”, afirmou.
Apesar da discordância com o governo, Fernandes não descartou continuar negociando com Ratinho Junior e sua equipe econômica. “Estamos com a perspectiva de continuar o debate para atingirmos os 4,94%, que é o mínimo que nós entendemos que seja possível para que recuperemos a inflação dos últimos doze meses”, analisou. “Podemos debater um número inferior a esse, mas o valor de 0,5% é inaceitável, não é digno nem de convocação de assembleia para qualquer avaliação”, acrescentou.
Para os próximos dias, os funcionários públicos prometem outras manifestações no Centro Cívico, em Curitiba. “Temos nesta sexta-feira um Ato da Educação, na Secretaria de Estado. No fim de semana, todos os servidores vão procurar os deputados em suas bases para demonstrar a insatisfação diante do projeto de lei enviado à ALEP” contou a sindicalista.
Para a terça-feira, o FES promete outro ato estadual. “Pretendemos que ele seja maior que o da ultima segunda, para intensificar a abertura de negociação”, finalizou.