Planejar o deslocamento de pessoas, bens e veículos pela cidade de forma organizada e de acordo com as reais necessidades da população. Esse é o objetivo do Plano de Mobilidade de Araucária (PlanMob), que será desenvolvido pela Prefeitura por meio da empresa Vertrag Arquitetura e Urbanismo, contratada por licitação ao custo de R$ 363.353,06 com recursos do Ministério das Cidades.
Com o PlanMob, a ideia é garantir o acesso democrático aos espaços urbanos e a serviços essenciais, como saúde, educação, lazer e trabalho. A elaboração do documento acontecerá em quatro fases: mobilização e levantamento de informações; diagnóstico e prognóstico; elaboração de propostas; e elaboração de minutas de lei. A previsão é concluir o trabalho em até sete meses.
Para subsidiar a busca de informações que contribuam com o PlanMob e pensando na importância da integração intermunicipal, a Prefeitura de Araucária solicitou a participação de representantes de Curitiba e Região Metropolitana. Ao longo da elaboração do documento, a população será convocada a participar de consultas e audiências públicas e, nos próximos dias, será convidada a responder um questionário sobre o tema.
Mobilidade urbana
A mobilidade urbana é o deslocamento de pessoas e cargas pela cidade com a integração entre os diferentes meios de transporte (motorizado e não motorizado, coletivo e individual, público e privado) e a utilização de toda a infraestrutura urbana (vias, estacionamentos, pontos de embarque e desembarque, sinalização, etc). Uma boa mobilidade proporciona deslocamentos seguros, confortáveis, inclusivos (para pessoas com dificuldade de locomoção) e em tempo razoável.
“Ao falar de mobilidade urbana é importante pensar em sustentabilidade e priorizar o transporte não motorizado, coletivo e público, incentivando a troca do carro pelo deslocamento a pé, de bicicleta e de ônibus”, explica a coordenadora do Plano de Mobilidade de Araucária, a arquiteta e urbanista Natália Cabrita, da Secretaria de Planejamento da Prefeitura.
O Plano de Mobilidade deve ser integrado ao Plano Diretor e tornou-se obrigatório pela Política Nacional de Mobilidade Urbana (lei nº 12587/2012) para os municípios com mais de 20 mil habitantes, que ficam impedidos de receber recursos federais destinados à mobilidade urbana até que cumpram as exigências da lei.
SMCS